7 Montes - O que são?
O Que são as Sete Montanhas?
Enquanto contemplava aquela visão do senador eu continuava a perguntar ao Senhor: “Se uma das montanhas é a montanha política, então o que são as outras seis?” meu questionamento acerca da identidade das montanhas concluiu-se alguns meses depois na forma de um encontro divino com Loren Cunningham, a estimado fundador de Youth With a Mission (Juventude com Missão). Ele me contou como veio a conhecer as sete montanhas e seus nomes. Ele e Bill Bright, fundador da Cruzada estudantil por Cristo, tinham agendado um almoço juntos, mas antes deste, o Senhor apresentou-se a cada um deles e falou com cada qual sobre as sete montanhas, ou reinos do mundo presentes na era atual.
Deus falou com cada um deles: “Se vai ser conquistado, essas montanhas que moldam a cultura e as mentes dos homens são essenciais, pois quem controla essas montanhas, controla a direção do mundo e seus campos de colheita. “ Cada qual destes homens escreveu sua impressão do que seriam essas sete montanhas; ainda que a linguagem em que se expressaram era diferente, suas conclusões foram as mesmas. Essas sete montanhas são reinos que moldam as mentes dos homens, os “modeladores mentais” que formam a cultura e o clima espiritual de cada nação. São elas:
1. Igreja
2. Família
3. Educação e cultura
4. Governo e jurídico
5. Mídia e artes (os meios e comunicação: TV,radio, jornais, Internet)
6. Esportes e entretenimento
7. Negócios: Comércio, ciência e tecnologia.
De repente tudo pareceu claro. A colheita e a cultura estão conectadas. Satanás penetra nas mentes dos homens através de modeladores mentais, estabelecendo suas fortalezas nas instituições que dão forma á sociedade. Do alto delas ele pode comandar vastas regiões de influência, manipulando raciocínios falseados que formatam as mentes dos habitantes de cada nação. Por isso Paulo coloca como seu alvo prioritário essas “vãs imaginações” na sua guerra apostólica em Corinto. A estratégia de Paulo consistia em dois estágios. No primeiro estágio ele derrubava os argumentos e ilusões que impediam a conversão das pessoas. O apóstolo iniciava seu trabalho em um novo território executando a obra de um evangelista ao clamar, “Porque nada me propus saber entre vós, senão a Jesus Cristo e este crucificado”. (I Cor. 2:2)
Uma vez que uma cabeça-de–ponte era estabelecida, entretanto Paulo começava o segundo nível do combate contra as fortalezas discipulando os que através de um novo modo de pensar. “Mas falamos a sabedoria de Deus oculta em mistério, a qual Deus ordenou antes dos séculos para nossa glória; a qual nenhum dos príncipes desse mundo conheceu...” (I Cor.2:7,8). Paulo via esse processo de renovação mental como algo indispensável para estabelecer aqueles discípulos que poderiam impactar a cultura de Corinto. O estágio dois é o estágio estrategicamente necessário para consolidar a conquista que Jesus deseja realizar em cada nação, tribo ou comunidade étnica. A batalha para a conquista e ocupação dos modeladores mentais, é a verdadeira razão ela qual os confrontos políticos norte-americanos tem sido tão explosivos desde o ano 2000. Esse conflito ideológico é de fato uma guerra cultural cujas frentes de batalha estão localizadas primariamente nos modeladores mentais.
Observe cada montanha e você poderá identificar lá dentro tanto a infra-estrutura do céu como a do inferno engajadas numa luta intensa em algum ponto do campo de batalha. Por exemplo examine a montanha da educação nos EUA. Nas universidades e colégios, como o renomado Duke University a tendência é contratar reitores e cabeças de departamentos liberais, numa proporção de 17 liberais para um conservador. Olhe para a montanha da arte e constate a espantosa resistência sofrida por Mel Gibson quando buscou apoio financeiro de Hollywood para seu filme A Paixão de Cristo. Um poderoso grupo, o núcleo de uma elite de produtores e banqueiros ligados a eles, cruzaram os braços no alto dessa montanha e quase impediram que o filme fosse algum dia realizado. Quando o filme de Gibson tornou-se em sucesso histórico de bilheteria quebrando recordes (acima de $ 625.000.000) eles andavam dando pontapés de raiva pelo Hollywood Boulevard.
Mas porque tanta resistência? Aquela antiga Hollywood de Cecil B. DeMille mudou de proprietário em algum momento nos últimos 40 anos. A mudança é clara quando você considera o fato de filmes que escarnecem de Jesus, como A Ultima Tentação de Cristo, receberem prêmios como o Globo de Ouro, enquanto um filme realmente baseado na vida de Cristo como A Paixão batalha para conseguir ser distribuído. Houve um outro período na história quando a igreja dominava a cultura popular e as artes. A poesia, teatro, musica popular e as artes plásticas eram impregnadas de mensagens espirituais éticas para o público. As esculturas representavam personagens e cenas bíblicas. É triste constatar que, como a parábola do joio e do trigo nos revela, enquanto a igreja dormia o diabo plantou o seu pessoal no solo de cada uma dessas poderosas esferas de influência. Este profetas poetas das artes e da dramaturgia, que uma época levaram esse mundo a fazer contato direto com o mundo espiritual, o invisível visto por eles, tiveram sua voz calada. O mundo nunca perdeu seu desejo por maravilhas, emoções e aventura. Quando as produções realmente incorporam os valores do Reino, elas invariavelmente fazem sucesso. Autores populares como Steven King dizem coisas como: “não dá sequer para fazer um bom filme de terror sem antes conhecer o que é ser bom”.
Como foi que os estúdios de Hollywood e as Universidades norte-americanas chegaram a se tornar tão hostis para com Deus? Harvard não havia sido originalmente estabelecida para a formação de ministros? Considere que 183 das 186 faculdades nos EUA tinham como objetivo educar cristãos dentro da sociedade! Mas a igreja abriu mão do seu posto, preferindo deixar que o mundo nos visse como críticos desgostosos de uma cultura decadente. Como resultado rendemos sem contestar os modeladores mentais da sociedade atual aos poderes das trevas para termos agora que recuperar em conflito palmo a palmo, aquele território que estava conquistado até a virada do século XX. O mundo necessita do nosso sal. Jesus disse que bom é o sal. O Senhor tem direitos em todas as terras, culturas e sistemas. As artes e recriação são talvez o mais significativo porque todos os outros modeladores mentais têm funções utilitárias porém o campo da arte é o único onde as pessoas investem seu dinheiro pelo amor da experiência. Já que as artes existem para recriação, é de se admirar que aqueles que conhecem o seu Criador, não dominem o campo da re-criação. Porque nós nos retraímos e retrocedemos na área da cultura?
Para quem tem uma mente tomada pela religiosidade, esses modeladores mentais são vistos como território fora de alcance. Alguns vão além e chegam a chamar tudo que esteja neste mundo, fora da igreja local, ou das reuniões de reavivamento, de “obra do diabo”. Esses pontos de vista se apóiam num erro sutil, porém sério: atribuir ao diabo e ao homem decaído a capacidade para criar alguma coisa - comunicação, tecnologia, governo, agricultura, arte, literatura e ciência – por si mesmos sem Deus. Nem o diabo nem o homem sozinho podem fazer qualquer coisa realmente original. O homem nem sequer consegue pecar sem usar algo que Deus proveu só que de modo pervertido. O que é a luxúria senão um abuso do dom da sexualidade? O que é a gula senão comer em excesso? O que é a cobiça a não ser abusar do poder de aquisição? O que é a manipulação a não ser abusar do dom da persuasão? Até um assassinato está baseado na ira, a qual tem origem numa função ligada a nos fazer reagir diante da violação de uma regra ou direito. Ou até nos fornecer certa dose de resolução para lidar com um problema. Atrás de todo pecado há dom de Deus sendo distorcido.
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