SÉRIE LÍDER COACH EM AÇÃO: QUARTO DIA

O líder que brilha precisa de um grupo pequeno que o ame, o aceite e nutra; que o ajude na prestação de contas e ande junto dele no dia-a-dia, encorajando-o, fortalecendo-o e, quando preciso, confrontando-o em amor. Esse grupo cumpre as palavras de Paulo quando ele diz aos presbíteros de Éfeso “Cuidem de vocês mesmos...” (At 20.28). Para funcionar bem é interessante que o grupo seja realmente pequeno, um grupinho de 3-4 pessoas, onde todos realmente se conhecem, abrem seus corações e cuidam uns dos outros, até de forma preventiva para que problemas maiores nem apareçam.

Quanto dói o coração de Deus ao ver seus líderes tão solitários! Ele sabe melhor que nós, que a solidão da alma é contagiosa. Salomão tem o seguinte para dizer quanto à solidão: "Outra vez me voltei, e vi vaidade debaixo do sol. Há um que é só, e não tem ninguém, nem tampouco filho nem irmão; e contudo não cessa do seu trabalho, e também seus olhos não se satisfazem com riqueza; nem diz: Para quem trabalho eu, privando a minha alma do bem? Também isto é vaidade e enfadonha ocupação" (Ec 4.7, 8). Quantos líderes se encaixam pelo menos parcialmente neste retrato triste? Em outro lugar, Salomão deixa claro que a pessoa solitária não é simplesmente uma vítima. Ela é responsável por suas escolhas e afastamento (Pv 18.1). Cloud e Townsend indicam seis motivos que explicam nossa tendência à solidão:

1. Autossuficiência: “Eu sei fazer sozinho!”. Sentimento típico: “Eu prefiro trabalhar sozinho”.

2. Coração endurecido: incapacidade de sentir fome de intimidade. Sentimento típico: “Eu não sinto necessidade de amigos”.

3. Depreciação: desvalorizando perdas; menosprezando bênçãos. Sentimento típico: “Estes problemas não me atingirão. Eu consigo lidar com isto sozinho”.

4. Perfeccionismo: ser superexigente, comigo mesmo e com outras pessoas. Sentimento típico: “Ninguém faz isso melhor que eu. Prefiro trabalhar sozinho”.

5. Desejo de se fundir: uma entrega sem limites; não aceitando sua individualidade ou a de outra pessoa querida. Sentimento típico: “Eu não sou ninguém. Ganho valor e vida através de me entregar para meu ______________” (trabalho, igreja, ministério, cônjuge, filhos, etc.).

6. Passividade: geralmente como fruto de medo (medo de perder alguém, de ser punido, de fracassar, de ser ferido). Sentimento típico: “Se eu me entrego a outros, vou desapontá-los e perdê-los. Prefiro manter uma distância para manter a amizade.”

Em muitos casos, convivemos com essas razões há tanto tempo que é bem possível que se tornaram fortalezas: defesas, explicações ou racionalizações sobre determinado problema ou pecado não resolvido. Estes dão um forte ponto de apoio para Satanás. Nesse caso precisam ser destruídas (2 Co 10.4-6) através de arrependimento e batalha espiritual.

Sem um grupo pequeno, que nos ama o suficiente para confrontar, cuidar e aconselhar, dificilmente conseguimos perceber tais vulnerabilidades - e muito menos quando se tornam fortalezas.

Quatro são as dinâmicas principais em grupo pequeno:

Prestação de contas; Coach mútua; oração uns pelos outros e um estudo ou projeto de crescimento para a vida dos componentes de grupo.

Perguntas do Coach

Com quais dos seis motivos para se isolar você mais se identifica? Você acha válido, em seu caso, chamar essa área de fortaleza? Por quê ou por que não? Se você convive com essa área há muito tempo, com quanta seriedade você precisa atacá-la? Quais seriam um ou dois primeiros passos?

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O Líder Servo em Ação 

1) Escreva abaixo o nome de 2 pessoas que poderia compartilhar sobre este assunto e que poderiam formar um trio com você (pode ser até mais de 2 pessoas):

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2) Escreva a periodicidade destes encontros:

( ) Semanal de 2h; ( ) Quinzenal de 3h; ( ) Mensal de 4h

3) Pense ainda na possibilidade de incluir os conjugues em todos os encontros ou em um deles: 

(     ) Semanal de 2h; (     ) Quinzenal de 3h; (     ) Mensal de 4h